Decisões
Em “Porquê pessoas inteligentes cometem grandes erros com dinheiro?”, Gary Belsky e Tom Gilovich oferecem 7 dicas úteis para aprimorar a capacidade de tomar decisões e evitar o “decision paralysis” (algo como “paralisia ao tomar decisões”, na tradução livre). As dicas são voltadas para o campo financeiro, mas são aplicáveis em muitas outras situações da vida cotidiana. Se você também sofre desse mal, saiba que sempre há uma saída – ainda que ela envolva (ou não) – uma decisão. Pois mesmo não decidir também é uma decisão, afinal.
1. Escolha menos opções
É lógico e de certa forma também óbvio: quanto mais boas escolhas você tiver, menos provável será fazer uma escolha entre muitas – e menos satisfeito você ficará mesmo se conseguir decidir. Uma maneira de evitar grande parte dessa dor é limitar seus conjuntos de escolha.
Encontre alguém que você confia e que sabe ou está disposto a pesquisar o assunto que diz respeito a sua decisão. Em seguida, peça-lhe para oferecer três opções em que possa escolher. Gary usa essa estratégia com um de seus sobrinhos, e, invariavelmente, são dadas a ele três sólidas opções para escolher e se sentir confiante com sua escolha final – no presente e no futuro.
2. Lembre-se: decidir não decidir é uma decisão
Adiamento, delay, procrastinação. Eles podem parecer o caminho de menor resistência, mas uma abordagem passiva para a tomada de decisão pode ser tão enfática quanto qualquer outra escolha. E a palavra-chave aqui na verdade chama-se estratégia. Por exemplo se você pretende trocar de escritório, avalie as alternativas: coworking, aluguel de nova sala, home office, etc.
3. Não se esqueça dos custos de oportunidade
Imagine como você se sentiria se uma iniciativa de pró-atividade da sua parte funcionasse, mas você não aproveitasse a oportunidade. Pense em como você se sentiria se o preço daquela desejada TV subisse 10% no momento em que você precisasse de um aparelho novo. Os sentimentos imaginários de lamentar aquilo que se pode evocar podem ajudá-lo a superar a resistência da mudança na vida real.
4. Coloque-se no piloto automático
Em vez de ter que tomar uma série interminável de decisões sobre se agora é um bom momento para investir, use o valor médio do dólar. Esta é uma estratégia que envolve investir uma quantia de dinheiro em intervalos regulares em uma ação ou título ou fundo mútuo – independentemente dos mercados estarem subindo ou caindo. Desta forma, você acaba comprando menos ações quando o preço de um investimento é alto e mais quando o preço é menor.
5. Faça com que os deadlines funcionem para você
Uma boa maneira de superar a “paralisia ao tomar decisões” é definir prazos, mas uma maneira ainda melhor é dar a alguém que você confia o poder de escolher os prazos para você. Mesmo que um amigo não tenha o poder de um professor sobre você, o medo de desapontá-lo ou “queimar o filme” acaba se tornando um poderoso motivador para nos ajudar a sair da inércia.
6. Faça o papel do advogado do diabo de si mesmo
Se você está decidindo entre as opções de investimento e sente-se incapaz de escolher qual prefere, pergunte a si mesmo quais opções em hipótese alguma você escolheria. Ou então suponha que já possui todas as escolhas. Agora a sua decisão torna-se qual delas vender – qual você definitivamente não deseja para si. Isso é muito simples. A parte mais difícil é reconhecer que a sua decisão é dificultada pela forma como você está vendo o problema.
7. Se você não é um expert, consulte um!
Quando estamos indiferentes a uma situação, estamos melhor posicionados para avaliar racionalmente o assunto em questão e, ao menos em parte, conseguimos remover alguns dos preconceitos da equação. Mas, quando estamos por fora, é mais uma razão para recorrer a experts de sua confiança para clarear os pensamentos.
Fonte: INC.com