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Colaboração mata a criatividade segundo a ciência

Geoffrey James

Colaboração e criatividade são excludentes?

É impossível pensar “fora da caixa” quando nos sentimos, na realidade, presos dentro de uma caixa com um monte de outras pessoas. 

A afirmação é do autor de best-sellers no EUA e estrategista de negócios, Geoffrey James.

Geoffrey James faz uma análise interessante do contexto como um todo.

Ele diz que, apesar da crença existente no mundo corporativo há alguns bons anos, existem evidências científicas substanciais de que a colaboração, ao invés de estimular a criatividade no indivíduo, resulta em grupos isolados e, no final das contas, na mais pura mediocridade.

E o que resultaria em criatividade? Resposta: a solidão. (Ou a quietude da mente, como preferir. Esse é o sentido da solidão a que ele se refere, no caso). 

De acordo com um estudo publicado recentemente no jornal ScienceDirect.com, da Elselvier, os traços de caráter correspondentes à “timidez, introversão, [e] reserva”, embora geralmente vistos como indesejáveis, estão positivamente associados à criatividade.

Além disso, as pessoas inteligentes são mais felizes quando têm menos interações sociais, (mesmo com seus amigos), de acordo com uma pesquisa realizada nos EUA com 15.000 entrevistados entre 18 a 28 anos, e citada no Washington Post:

Colaboração x Criatividade

Quanto mais interações sociais (colaboração) com os amigos próximos de uma pessoa, maior é a felicidade relatada. Natural que seja assim? Agora pense em uma exceção: para pessoas mais inteligentes, essas correlações são reduzidas ou mesmo revertidas.

Pessoas mais inteligentes estariam, na verdade, menos satisfeitas com a vida se socializarem com seus amigos com mais frequência. Soa estranho?

Na verdade, longe de ser um “mito de ontem”, o “gênio singular que trabalha sozinho” é muito mais propenso a ser criativo do que a pessoa que busca “interação” e “colaboração”.

Forçar pessoas criativas a “colaborar” é algo que pode simplesmente frustrar a criatividade dessas pessoas.

De acordo com um artigo no “Journal for Theory of Social Behavior”, existem…

“…Duas maneiras em que a solidão pode facilitar a criatividade:

  • primeiro, estimulando o envolvimento imaginativo em múltiplas realidades e,
  • segundo, “tentando” identidades alternativas, que possam levar, talvez, à auto-transformação. …

Ao nos separarmos de nossos ambientes sociais e físicos habituais, a solidão pode remover essas pessoas e objetos que definem e confirmam nossas identidades.

As pessoas que vemos e os lugares que frequentamos reforçam nossas identidades como estudantes, pais, policiais ou quem quer que seja. …

Porém, ao nos colocarmos à parte de nossos contextos sociais e físicos habituais (ou, pelo menos, alterar a natureza da experiência com eles), a solidão facilita o auto-exame, a reconceitualização do eu e o entendimento com a mudança que vem a seguir”.

Escritório convencional

Estar em torno de outras pessoas exerce um bloqueio para que as pessoas criativas reflitam sobre novos projetos.

Há poucas experiências mais frustrantes e desmotivadoras para uma pessoa criativa do que ser forçada a interagir diariamente com pessoas com um perfil completamente distinto em termos de mente criativa.

Mesmo que seu escritório esteja cheio de gênios, eles serão menos criativos em em esforço conjunto de colaboração do que se puderem trabalhar e pensar sozinhos (ou da forma como desejarem, de fato).

É difícil e talvez até impossível “pensar fora da caixa”.quando você está literalmente dentro de uma caixa. Ou seja, em um escritório convencional) repleto de outras pessoas disputando ego e atenção.

Fonte: INC.com

2 comentários em “Colaboração mata a criatividade segundo a ciência”

  1. Pingback: 10 estratégias (simples) para aumentar sua criatividade

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