Como espaços de coworking são uma boa opção para novos empreendedores?

Nas últimas décadas, as indústrias, os comércios e as empresas em geral têm procurado formas cada vez mais inovadoras de atingir seus resultados. 

A terceirização de serviços secundários e a contratação de facilities são um exemplo disso. Porém, é nos espaços de coworking que encontramos uma das mais criativas opções para esse desafio.

Como é sabido, a terceirização (também chamada outsourcing) é um maneira de uma organização delegar a outra empresa certas atividades-meio, ou seja, demandas secundárias. 

É o que ocorre, por exemplo, quando uma marcenaria de alto padrão terceiriza sua contabilidade, ou até o seu Departamento Pessoal.

Espaços de coworking: outsourcing de facilities

As facilities se parecem muito com isso, só que são mais interdisciplinares. Por meio delas, é comum a empresa provedora assumir um conjunto de funções, permitindo ao contratante focar-se em seu business e terceirizar desde a limpeza e segurança até suportes administrativos, ou mesmo legislativos, como recrutamento e desligamento de colaboradores, e até questões mais complicadas como um laudo pericial trabalhista.

É nesse contexto de otimização e criatividade que surgem os coworkings, como uma proposta ainda mais revolucionária. 

Eles aprofundam esse espírito que, no fundo, é o de manter o foco no seu produto/serviço principal: ou seja, a verdade é que uma empresa só precisa de um espaço físico no qual seus funcionários se encontrem para produzir juntos.

Adiante aprofundaremos todas as vantagens proporcionadas por esse tipo de estratégia, especialmente para os empreendedores que estão iniciando sua jornada, embora outras empresas também possam lançar mão desse formato de trabalho.

Então, se você busca conhecimento, informação e dicas que podem mudar seu negócio de patamar de modo rápido e assertivo, siga adiante na leitura!

Quais os seus benefícios diretos e remotos?

Do que foi dito acima é possível depreender que um negócio precisa de criatividade e otimização constantes para poder prosperar no mercado.

A criatividade é um ponto evidente, que fala por si mesmo. Já a otimização diz respeito a muitas frentes variadas, sendo que as duas principais dizem respeito a processos e a investimentos/custos.

Como vimos, as terceirizações não são novas e já se tornaram, há muitos anos, uma forma de trazer facilidade e também economia para as empresas.

O simples caso de um negócio da área de alimentação que encomenda guardanapos personalizados para restaurante, com qualquer gráfica que seja, já é um exemplo desse tipo de estratégia. 

Afinal, não faz sentido um restaurante produzir esse tipo de material, ainda que seja totalmente customizado para o seu negócio.

Já os espaços de coworking prometem ser ainda mais revolucionários, inclusive no sentido de otimizar os gastos e o processo de um negócio. 

A definição clássica desse tipo de serviço é a de um grande espaço similar a um escritório tradicional, porém com todos os seus principais recursos abertos ao compartilhamento entre as demais pessoas.

Suas vantagens são muitas. As principais são as seguintes:

• Redução de custos;
• Otimização de processos;
• Vantagens estruturais;
• Comunidades colaborativas;
• Networking e inovações, etc.

Vamos aprofundar adiante cada um desses aspectos. O que precisa ficar destacado desde já é o seguinte: o coworking vai muito além de uma mera decisão econômica.

Não é à toa que, segundo o Censo Coworking 2018, no último período houve um crescimento de mais de 110% de adesão da parte de empreendedores/profissionais liberais ao novo formato.

Quando economizar por meio do coworking?

Embora não seja o único fator a ser levado em conta, os espaços de coworking acabam chamando muito atenção graças à economia financeira.

De fato, você montar um escritório do zero, considerando todas as demandas existentes, pode ser algo muito puxado. 

O cenário exige desde infraestrutura e móveis (o que já exige manutenções e gastos correntes) até contas fixas que passam pelo aluguel, água, luz, internet e daí por diante.

Peguemos o exemplo de um empreendedor que tem boas ideias na área de automatização de residências, com foco em câmeras, multimídia, projeto de Home Theater e afins, mas não pode se estabelecer em um escritório próprio e precise juntar-se com outros colaboradores para desenvolver melhor os projetos.

Naturalmente, nada é mais óbvio do que ele aproveitar a situação e iniciar com o compartilhamento típico dos espaços de coworking. 

O que ele descobrirá com o tempo é que, além da economia de recursos, esse formato traz todas as demais vantagens que já mencionamos acima.

Ademais, lembremos que o capital inicial é aquele investimento que uma empresa faz na estruturação do seu negócio. E que o capital de giro é aquele que ela precisa ter para manter-se nos primeiros meses, mesmo que sem faturamento positivo.

Ora, não é preciso muito para esclarecer como poder iniciar com uma redução drástica desse tipo de investimento/aporte é uma vantagem tremenda. Mais do que isso, pode ser mesmo a diferença entre abrir ou não abrir uma empresa.

Toda a estrutura de um escritório tradicional

Em termos estruturais e de rotina, o coworking oferece uma série de possibilidades incríveis. O fato é que ele se propõe a entregar um ambiente corporativo clássico, com todas as funcionalidades que são de se esperar nesses termos.

Naturalmente, uma unidade fabril primária, que conta com instalações voltadas para seus maquinários, tal como esteiras, mezanino industrial e outros recursos típicos, tem demandas totalmente diferentes das de um escritório ou setor terciário.

O que o pessoal da administração, do financeiro, do atendimento, do comercial e desses setores precisa é dos seguintes suportes:

• Estações de trabalho;
• Dispositivos tecnológicos;
• Computação e telecomunicação;
• Insumos voltados para impressão;
• Materiais de papelaria e limpeza;
• Salas de reunião e encontro, etc.

Os espaços de coworking oferecem todo esse tipo de suporte estrutural.

Já existem empresas prestadoras do serviço que disponibilizam a função de secretária e até de recepção, de tal modo que você pode marcar uma reunião com algum cliente/parceiro, deixar a sala reservada, e contar com o suporte de alguém para atender suas ligações e receber a pessoa quando ela chegar.

O incrível conceito de “comunidades colaborativas”

Uma das ideias que mais se disseminaram em torno dos coworkings foi a de comunidades colaborativas.

Lembremos que se o alto custo de manter um time de colaboradores por conta pode ser um empecilho, uma das primeiras soluções encontradas para isso foi a do formato de trabalho home office.

De fato, o home office é uma solução bastante eficiente e prática. Porém, dependendo do perfil de funcionário, não é raro ver alguns líderes e gestores reclamando da perda de concentração e de produtividade.

Nesses casos, a comunidade colaborativa que se cria em torno de vários profissionais dividindo o mesmo espaço tende a ser ainda mais positiva e vantajosa. De fato, por mais que nem todos os usuários de um coworking atuem na mesma área, sempre há uma infinidade de conhecimentos que podem ser divididos entre as pessoas.

Para não falar, naturalmente, no aumento do desempenho delas, que por se verem rodeadas de profissionais focados, acabam se motivando cada vez mais. Um exemplo se dá entre colaboradores da área contábil, ou de setores tipicamente cartorários e jurídicos, como os que se focam em laudos e certidões.

É o caso do ato administrativo de licença de operação CETESB, que envolve órgãos ambientais e consultoras da área para auxiliar outras empresas a cumprir todas as exigências ambientais que o governo impõe a empresas e empreendedores. 

O lado operacional dessa área precisa de um escritório, e pode ganhar muito com um coworking.

O milagre do networking bem feito

Outro benefício dos espaços de coworking, que também não é imediato mas pode agregar muito para um empreendedor e ajudá-lo a mudar sua empresa de patamar, é o do famoso e indispensável networking.

Naturalmente, ao conviver com mais profissionais de várias áreas distintas, a rede de contatos e de influência de qualquer pessoa só tende a crescer. 

Ainda no exemplo de consultorias que lidam com laudos, licenças e afins, um empresário pode aprender muito sobre o laudo AVCB, que é o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.

Talvez se estivesse concentrado apenas em seu nicho de mercado, ele chegasse ao ponto de negligenciar esse tipo de licença, que será exigida (como modo de garantir a segurança contra incêndio e enchentes), quando ele quiser se estabelecer.

Outro exemplo prático e bastante ilustrativo é o de despachantes freelancers, que têm recorrido cada vez mais às soluções do coworking, como modo de compartilhar a internet, as soluções de impressão, o controle de ligações e daí por diante.

Ao tratar diariamente da importância de uma vistoria cautelar veicular, por exemplo, não é difícil imaginar a quantidade de clientes que esse tipo de profissional pode conseguir ali mesmo, no ambiente compartilhado onde trabalha.

Neste caso, não se trata apenas de contatos com pessoas físicas. É possível aproximar empresas e pessoas jurídicas, e até mesmo fechar novos contratos com base no networking criado, e tudo graças ao espaço de coworking.

 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.