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Conheça a história de empreendedores que começaram em espaços de coworking

Por Abigail Wick*

Ezeep, Coffee Circle e Orderbird são três jovens empresas que iniciaram seus negócios na Betahaus, um prestigiado espaço de coworking localizado na cidade de Berlim, Alemanha. Atualmente essas empresas possuem escritórios próprios e empregam entre 25 a 50 pessoas. Seus empreendedores comentam não só sobre o valor do coworking, mas também das experiências aprendidas sobre como criar um produto ou serviço, alavancá-lo para o mercado, e construir uma marca para o mundo.

Ezeep

A Ezeep oferece um SaaS (software como serviço) que terceiriza digitalmente o gerenciamento de infraestrutura de impressão, com o objetivo de ajudar empresas de pequeno e médio a economizar custos (normalmente de 1% a 6% da sobrecarga anual) associados à infraestrutura de impressão; além disso, também auxilia na “impressão inteligente”, a fim de minimizar o impacto ambiental causado pelo desperdício de papel e tinta. Apesar de ainda não haver muito reconhecimento para uma ferramenta que transforme a infraestrutura de impressão das empresas, ela pode gerar um enorme impacto internacional sobre os resultados financeiros de
outras empresas e, mais importante ainda, acaba ajudando colaboradores dessas organizações a agilizar seus fluxos de trabalho.

Sascha, CEO da Ezeep [foto], conta que tudo começou na cozinha de sua mãe, em Stuttgart. Mas, na medida em que as coisas foram evoluindo, Sascha iniciou suas operações na Betahaus, com nada mais além de um computador e uma impressora. Os primeiros dias se passaram à procura de financiamento para o projeto, e Sascha entrou em contato com mais de 60 investidores antes de receber ofertas do investidor anjo Thomas Madsen-Mygdal e da High-Tech Gründerfonds, ambos com a ajuda do espaço de coworking Betahaus. O ambiente de coworking, com uma infraestrutura de acesso criada para inspirar pessoas, foi o lugar ideal para iniciar o negócio.

“O empreendedorismo pode existir em muitos níveis, e não apenas nas empresas de tecnologia com alta projeção de crescimento, mas também as pessoas trabalhando em conjunto em um espaço de coworking podem agregar valor umas às outras e mudar o mercado. Estamos sempre impactando o mundo ao nosso redor, e há um grande valor em se dar o passo para criar um espaço para a auto-realização. Os espaços de coworking têm uma enorme parcela de participação nesse processo”, comenta Sascha.

Coffee Circle

Martin Elwert, da Coffee Circle, se autodescreve como sendo “apenas um cara tentando iniciar uma empresa que não foi pensada só para gerar dinheiro e crescimento, mas também para criar um impacto social duradouro”. Em 2009, ele trabalhou no projeto de criação de uma escola para órfãos na Etiópia e a experiência o fez pensar sobre o empreendedorismo como uma forma de ajudar o país a reduzir a pobreza. O pensamento natural de Martin girou em torno do café, já que planta é original da Etiópia e alguns dos melhores grãos de café do mundo são produzidos lá.

Além disso, é um produto que traz a felicidade para as pessoas. Através de suas vendas, a Coffee Circle destina 1 euro por kg diretamente para projetos sociais na Etiópia. Trabalhando em conjunto com agricultores que possuem conhecimento verdadeiro do que as comunidades locais precisam, a empresa colabora com ONGs para ter certeza de que cada euro seja bem empregado no desenvolvimento de mudanças significativas para essas comunidades.

Na parte prática do negócio, o coworking acabou fornecendo a Martin uma alternativa muito flexível para viabilizar o projeto. Ao invés de alugar um escritório inteiro, ele precisaria apenas alugar algumas mesas em um espaço de coworking. O espaço também proporcionou a oportunidade de fazer intercâmbio com pessoas de diversas origens.

Martin considera um luxo ter começado seu negócio ao lado de programadores, designers, assessores de imprensa e outros empreendedores, que, por sua vez, proporcionaram a ele insights que talvez de outra forma não tivesse encontrado. “Nunca havia feito nada parecido antes e tive que experimentar como seria o desenvolvimento da minha própria empresa, desde a exportação do café até a construção de um website e uma nova marca. Minha experiência foi baseada em tentativa e erro, mas estar em um espaço de coworking foi fundamental para o início do negócio”, comenta. Atualmente com mais de 25 funcionários, o Coffee Circle continua crescendo de mais maneira sustentável, a Martin acredita que começar em um espaço de coworking proporciona um compartilhamento de ideias crucial para validar quais os melhores caminhos a seguir, e obter feedback sobre eles.

Orderbird

O Orderbird é um sistema de pagamento para dispositivos móveis iOS (da Apple). Também inclui dados em tempo real dos estabelecimentos, como horário de funcionamento e tempo de espera. Para novos negócios, a empresa fornece um pacote inicial pré-configurado, tornando-se uma solução para eliminar as caixas registradoras tradicionais e agilizar o processo de pagamento e agendamento em bares e restaurantes.

Jakob e seus sócios Sebastian e Patrick começaram o Orderbird como um projeto secundário, mas rapidamente tornou-se evidente que teriam que dedicar-se a ele em tempo integral. Enquanto os três não tinham certeza de qual seria o resultado da empreitada, escolheram um espaço de coworking como ambiente profissional porque estariam ao lado de outras empresas em um estágio similar ao deles, podendo trocar feedbacks com elas, o que seria preferível a trabalhar em regime de home office. Assim, ao conseguirem a captação de um financiamento do tipo capital semente, eles se mudaram imediatamente para um espaço de coworking, garantindo um pequeno escritório já totalmente equipado desde o primeiro dia da empresa.

Com o apoio dos fundadores da Betahaus, espaço de coworking onde estavam instalados, os jovens idealizadores do Orderbird foram aos poucos propagando sua marca. Eles contam que o componente social vibrante do coworking tinha 80% de maravilhoso e 20% de dispersivo. Ao alcançarem cerca de 8 funcionários, eles perceberam que era hora de crescer em um novo espaço, de modo que eles pudessem ter salas separadas para as equipes de vendas e desenvolvimento do sistema. Atualmente a Orderbird possui vários escritórios e mais de 40 funcionários, e seus fundadores permanecem em estreito contato com os colegas do espaço de coworking de Berlim onde a Orderbird deu seus primeiros passos.

*Este artigo foi escrito por Abigail Wick para Deskmag, e traduzido por Laura Lopes com autorização da autora. 

Fonte: Deskmag

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