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Quer Aprender a Tomar Melhores Decisões na sua Vida? Siga essas Técnicas!

Decisões: já que inevitáveis, como melhora-las?

“Apenas faça” e “Nunca olhe para trás” são duas frases comuns a quem aconselha o outro a tomar melhores decisões na vida. Mas… será que na prática funciona? Stephen Hall enumera algumas situações perigosas onde esses conselhos falhariam impiedosamente sem que houvesse uma cautela maior antes de tomar as decisões de: sair do emprego, ter um filho, fazer uma cirurgia plástica… a lista é longa. E então elaborou as seguintes técnicas para tomar melhores decisões na vida:

Não posso decidir sobre aquilo que não sei

Hall queria deixar seu emprego. Depois que sua jornada de trabalho acabava, ele se sentava em um local confortável com papel e caneta em mãos e elaborava uma enorme lista de prós e contras. Ele procurava colocar no papel tudo o que queria fazer e como ganharia dinheiro com as atividades. Imaginava mais e mais a liberdade e emoção que ele ganharia depois de deixar seu emprego. No dia seguinte as decisões estavam tomadas, Hall foi trabalhar e pediu demissão.

Isso pode parecer perfeito para muita gente, mas, o problema era que Hall não sabia o suficiente para tomar  boas decisões~ainda~! Ele simplesmente se apressou naquilo que realmente teria tempo para fazer.

Tudo o que ele imaginou e sonhou estava embaralhado na sua cabeça. Todos os “fatos” que Hall usou ​​para tomar suas decisões foram fatos não verificados, mas partes e trechos de conversas que  ouviu de seus amigos ou reuniu a partir de pesquisas feitas pela web.

Hal, então, repetiu os mesmos “fatos” mais e mais em sua cabeça (pensando que eles se aplicariam à sua situação em particular). Nenhuma nova informação foi sendo adicionada à equação para lhe permitir tomar uma decisão melhor.

Nós muitas vezes tiramos conclusões precipitadas ao tomarmos decisões difíceis que exigem pensamento e planejamento sérios. Devemos, primeiramente, reunir mais informações, porque:

1. Você não sabe o que você não sabe! (Óbvio, não?!)
2. Você não pode decidir sobre o que você não sabe! (Idem ao anterior)
3. Se lhe pedisse para resolver a seguinte equação A + B + 2Z – 10X = P, você conseguiria?

Não de imediato, pois há muitas incógnitas nela! Você poderia adivinhar ou usar tentativa e erro, mas leva muito tempo e uma grande quantidade de esforço na vida real. É preciso coletar mais informações para tomarmos a melhor decisão. A razão para isso é simples: não temos todas as respostas (na verdade, nunca teremos e é essa mesma a graça da vida e das descobertas).

Talvez você possa me ajudar?

A maneira mais rápida de reunir mais informações para a tomada de decisões difíceis é sair da zona de conforto e questionar outras pessoas que fizeram o mesmo que você pretende fazer. No entanto, há um truque: pergunte somente às pessoas que já tenham feito isso! Fique longe das pessoas que não têm qualquer experiência, mas que parecem “saber tudo” sobre decisões.

Este ano, conta Hall, enquanto eu concluía a pós-graduação, quis participar de uma pesquisa clínica aplicada. Mais especificamente, quis projetar e desenvolver dispositivos médicos a partir de uma necessidade clínica.

Em vez de “apenas faça”, Hall decidiu chegar a um respeitado membro do corpo docente para ver se era uma boa ideia. Foi até ele e abriu seu coração. Ele olhou para mim como se fosse um monstro de duas cabeças e se afastou.

Porém Hall levou essa questão de abrir o coração a sério e insistiu. Ao invés de simplesmente desistir, decidiu reunir ainda mais informações! Mas, desta vez, foi atrás de outras instituições, incluindo MIT, Stanford, UMN e Johns Hopkins (respeitadas instituições norte-americanas). As informações e feedback que recebeu, nestes casos, foram incríveis e ajudaram na tomada de decisões.

E isso porque simplesmente todas essas instituições já haviam feito isso! Todas hpa haviam desenvolvido mais de uma centena de dispositivos médicos da mesma forma que eu pretendia fazer. Não só isso, elas tinham programas específicos para ajudar pessoas como eu, que desejava fazer esse tipo de pesquisa e design.

Por outro lado, minha escola não estava fazendo isso e o professor que procurei para conversar a respeito também não.

– Pergunte às pessoas que estão fazendo isso ou que já tenham feito isso para obter mais informações e tomar boas decisões.

Ouça o advogado do diabo

Como seres humanos, somos a auto-confirmação. Nós, naturalmente, buscamos informações com as quais já concordamos e tendemos a ignorar informações sobre as quais discordamos. O ceticismo e a negação podem ser bons em alguns casos, mas essas características não devem ser confundidas com sermos “cabeça-dura” e sim como uma técnica para tomada de boas decisões.

Imagine 2 documentos “sentados” à sua frente: um com informações você concorda, outro com informações que você discorda. Esteja você certo ou errado, ou estejam as informações certas ou erradas, você irá “pegar” o documento com o qual concorda primeiro e levar a informação mais a sério. Obviamente, esteja você certo ou errado, irá pegar as informações contidas no documento que ilustra aquilo que você concorda e o levará mais a sério.

Para equilibrar isso, pesquise e colete informações que se oponham aos pontos de vista existentes antes de tomar decisões importantes.

Bons negociadores usam este processo o tempo todo. Quando grandes empresas fazem grandes investimentos (como a aquisição de outra empresa, o investimento em novos empreendimentos, redução de equipe, redimensionamento etc.), elas contratam uma equipe completamente separada para investigar o ponto de vista oposto ao delas, e, em seguida, consideram seriamente esse outro ponto de vista na tomadas das decisões importantes.

Muito cuidado com engodos

Tudo parece maravilhoso em comparação com algo considerado ruim. Para exemplificar, Hall conta uma história em que, certo dia, estava assistindo um programa sobre financiamento de casas nos EUA. Um casal desejava adquirir uma bela casa na ilha de Caruso. Eles exigiam duas coisas: tinha que custar menos de 400 mil dólares, e possibilidade de ser alugada.

O casal havia contatado uma imobiliária, que, depois, Hall notou que era hábil na arte das vendas. Haviam 3 belas casas. A casa de número 1 custava 399 mil dólares e ficava no topo de uma colina com vista para uma magnífica baía azul claro. O casal se apaixonou pela vista e estava pensando seriamente em comprar a casa até que descobriram que a nova construção acabaria com sua vista para o mar.

Depois de ver como o casal reagiu à vista para o mar, o agente imobiliário rapidamente mudou suas táticas de vendas. Mostrou-lhes então a casa nº 2, que tinha uma vista para o mar deslumbrante e uma praia de areia branca a poucos passos da sua porta dos fundos.

O único problema foi que a casa custava 489 mil dólares – 89 mil acima do orçamento previsto. O casal estava tão irritado com o agente imobiliário que consideravam substituí-lo. Por fim, a última da lista, a casa nº 3, não tinha vista, não tinha a possibilidade de ser alugada e custava 10 mil abaixo do orçamento.

Qual casa o casal escolheu?

O casal escolheu a casa #2, que estava 89 mil dólares acima do orçamento! Eles fizeram uma má decisão e quebraram o banco porque não estavam cientes da armadilha imposta pelo agente imobiliário.

A casa # 2 parecia ser a melhor opção, nesse contexto, em comparação com a opção da casa de nº 3. Em um contexto diferente, gastar um extra de 89 mil dólares acima do orçamento é uma má ideia. 
O que o casal deveria ter feito era não comprar nada e aguardar até que outras opções surgissem pelo caminho. No entanto, quando você está no meio de uma decisão difícil, muitas vezes é difícil obter esse tipo de perspectiva.

Custo de oportunidade

Como o casal do exemplo anterior poderia sair dessa armadilha mental, definida pelo agente imobiliário? O casal precisava de uma mudança de perspectiva. Ao lidar com números grandes como 400 mil dólares e 486 mil dólares a diferença pode não parecer tanta, mas vamos buscar nessa equação um outro olhar e considerar os custos de oportunidade.

O que é 89 mil dólares a mais para você? Bem, são mais 2 anos de economia em cada centavo do seu salário (exemplo hipotético). O que significa que você não pode comer, sair, ou fazer qualquer outra coisa por 2 anos inteiros. Você PRECISA salvar cada centavo de seu salário para pagar essa diferença!

Conclusão

Da próxima vez, em vez de tirar conclusões precipitadas e “apenas fazer”:

– Tire algum tempo para reunir mais informações. Você não sabe o que você não sabe, lembre-se sempre disso antes decisões importantes.
– Obtenha mais informações com as pessoas que já tenham feito o que você tem intenção de fazer, e não com as pessoas que estão tentando fazê-lo.
– Busque o “advogado do diabo” na história e considere seriamente o que ele(s) têm a dizer. Você pode estar apenas confirmando seu ponto de vista (ou não).
– Cuidado com a questão “vergonha”: todas as outras opções parecem ótimas no contexto de uma ruim.
– Ganhe uma perspectiva maior, considerando os custos de oportunidade.

Fonte: Lifehack

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