Você já se viu tendo que desenvolver um plano de negócios? Se não, bom para você: não é preciso começar agora. Isso é o que preconiza os membros do movimento Lean Startup. O objetivo do movimento é ajudar startups a poupar dinheiro e alcançar o sucesso com foco no problema que elas se propõe a resolver para seus clientes. A fim de fazer isso, eles oferecem muitos eventos e encontros em cidades do mundo inteiro.
Pule o plano de negócios
Os planos de negócios tomam muito tempo e não deixam qualquer margem para tentativa e erro. O plano de negócio pode ser fundamental para empresas estabelecidas, que já conhecem seu mercado e seus concorrentes, mas para startups ele não é tão ideal assim. Startups que mergulharam de cabeça em um plano de negócios tendem a “escalar muito cedo”, o que aparentemente é a razão número 1 das pequenas empresas quebrarem hoje em dia (principalmente no Brasil, onde a carga tributária é elevadíssima). O que se deve fazer, em vez disso? A resposta é: forme uma visão, mas não se apaixone por seu produto muito cedo, pois ele pode acabar partindo seu coração.
Encontre o cliente
Antes de fazer um produto que você ama, tenha certeza que não é o único a pensar nisso. Não há motivo para empregar sangue, suor e lágrimas (e muito dinheiro) em um produto que não vai vender. Claro que é difícil saber ANTES se um produto ou serviço será bem sucedido no mercado, e é por isso que existe o Lean Startup. Gregor e Christoph, membros ativos do movimento, enfatizam a importância da tentativa e erro. Eles encorajam startups a fazer suposições sobre seus potenciais clientes e, em seguida, a questioná-los a respeito.
Processo cíclico
Quando decidir começar a conduzir entrevistas com seus futuros (e possíveis) clientes, procure se aventurar na rede e encontrar pessoas que realmente comprariam o produto final. Não pergunte à sua mãe, porque ela o ama e iria comprar qualquer coisa de você. Encontre seus colegas, planeje entrevistas relevantes e sobretudo não tente vender nada ainda; haverá tempo de sobra para isso mais tarde. Mesmo que os resultados não sejam satisfatórios, não fique desesperado. O processo Lean Startup, de construir-medir-aprender, não é linear, mas cíclico.
Falhe no início
Todo mundo conhece a frase “o fracasso não é uma opção”, mas a verdade é: o fracasso é bom para você. Pelo menos você aprenderá a evitá-lo. A chave é a falhar cedo e sem gastar muito dinheiro. Se seus ciclos de construir-medir-aprender andarem mais rápido você poderá contar com várias tentativas de mudar a visão do modelo de negócio para ter a certeza de que se encaixa às necessidades do cliente antes de ficar sem dinheiro.
Qual é o problema?
Uma das partes mais importantes do processo lean startup é falar com as pessoas e aprender como se conectar com as pessoas certas no caminho certo. Sua rede pessoal (que não inclui sua mãe) é um bom ponto de partida. Você deve tentar e encontrar os “early adopters” (pioneiros ou os primeiros a adotarem o tipo de produto ou serviço proposto no negócio). Ao falar com essas pessoas, concentre-se sobre o problema que estiver tentando resolver e não na SUA suposta solução. Descubra se o problema que possui vale realmente a pena resolver, e depois veja se ele também é importante para o seu cliente. Os três pontos chave para entrevistas potenciais devem ser:
– Definir a direção e tom da conversa e destrinchar o problema
– Criar uma pergunta que sirva como âncora para guiar a conversa e buscar uma familiaridade partir dos sinais emocionais do entrevistado
– Manter a conversa longe do produto ou serviço e se concentrar mais no problema que ele soluciona
Precisa de mais ajuda?
Depois de ter entrevistado seus colegas, há uma série de outras ferramentas adicionais, como o business model canvas. Esta ferramenta é licenciada como Creative Commons e é livre para uso. Com o modelo canvas, você pode mapear 9 pilares que necessita para que a sua ideia de negócio comece a decolar. O business model canvas é bem completo, inclui desde segmentos de clientes a fluxos de receita, e ajuda a sacar as anotações da cartola e tornar o brainstorm mais concreto.
Fonte: Deskmag
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