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Pesquisa revela dados atualizados sobre o coworking no Brasil

O Brasil é uma das economias que mais crescem no mundo atualmente. O coworking também está em ascensão e apresenta-se como uma complexa rede de ambientes de trabalho dentro de um mercado dinâmico. Através de um recente estudo realizado pela Movebla, é possível explorar em números diferentes partes desse movimento de múltiplas camadas.

“O coworking tem sido uma realidade no Brasil nos últimos 4 para 5 anos, e os dados ainda são parciais sobre a forma como este fenômeno está se desenvolvendo no país”, relata Anderson, que conduziu a pesquisa para a Movebla. Ele realizou esta iniciativa com Pablo Handl, co-fundador do Hub São Paulo, e Fernanda Nudelman, fundadora do primeiro espaço de coworking no Brasil.

Cerca de 321 pessoas foram entrevistadas entre os meses de fevereiro e março de 2013, questionadas sobre as razões pelas quais optaram trabalhar em um espaço de coworking. As perguntas foram baseadas principalmente na pesquisa Global Coworking Survey da Deskmag. O estudo foi dividido em 4 partes, com foco no perfil dos coworkers, uso e acesso aos espaços, colaboração e integração, e também o espaço próprio de trabalho.

Perfil dos coworkers

O tipo mais comum de coworker são jovens profissionais especializados (40% estão entre 26 anos e 35 anos de idade). São principalmente empresários e profissionais liberais interessados ​​em fazer uso do espaço de coworking, que geralmente encontra-se dentro de suas cidades de origem. No entanto, 11% viajam diariamente de uma cidade a outra, revelando também uma tendência ao nomadismo.

O uso de diferentes tipos de espaços de trabalho provou ser bem mesclado: embora os coworkers brasileiros normalmente evitem o uso de bibliotecas e cafés, muitos dos entrevistados preferem alternar entre o home office e o coworking. Descobriu-se que 66% já havia trabalhado em um espaço de coworking anteriormente. O uso comum do termo, nos gráficos de um “centro de negócios” em São Paulo, indica um tipo mais rígido de aluguel de espaço temporário de escritório, ao contrário de um espaço de coworking.

“Atualmente, tenho agido como um nômade. Trabalho com muitos clientes diferentes. Toda semana estou em algum lugar, hoje na minha casa, amanhã na Argentina, depois Rio, El Salvador… adapto minha rotina de trabalho para o lugar onde for. Tudo o que preciso para isso é de um laptop e um smartphone e é assim que me adapto ao estilo mobile. O coworking é uma necessidade bem definida aqui. Na realidade brasileira, pode-se também falar sobre espaços de coworking no Rio, Curitiba e Florianópolis. O Brasil é um país grande em extensão, e em algumas cidades ele se adapta melhor, em outras menos”, explica Anderson.

Uso e acesso ao espaço

Os resultados da pesquisa mostram que a maioria das pessoas no Brasil tende a procurar por um espaço de coworking logo no início do ano, geralmente entre janeiro e fevereiro. A maioria delas já trabalhou em esquema de coworking por cerca de um ano ou dois, e 25% começou apenas em 2013. Cerca de 46% revelou que usa o espaço diariamente, 22% apenas algumas vezes na semana, e surpreendentes 18% declararam que só usam o espaço em torno de uma vez ao mês. Isso indica que, dentro do movimento de coworking, ainda há entusiasmo para o trabalho esporádico.

Aproximadamente 81% dos colaboradores têm permanecido no espaço de coworking onde iniciaram suas atividades neste modelo de escritório. Assim, a maioria dos coworkers só trabalhou em um único espaço de coworking, mas também há um número considerável de pessoas que passou por dois ou três espaços. Cerca de 58% começou no coworking a partir do home office, e há uma certa curiosidade expressa nos resultados do ano que vem em relação a este aspecto do movimento.

Curiosamente, a oferta associada aos benefícios proporcionados pela mobilidade foi surpreendentemente baixa. Isto mostra que a interação entre espaços de coworking e a mobilidade de um indivíduo ainda é limitada (diferentemente, por exemplo, do que ocorre fora do Brasil atualmente, em países como Alemanha e Estados Unidos).

Na medida em que o tempo médio para um coworker se deslocar até um espaço de trabalho foi relatado em cerca de 26 minutos, parece que o coworking também é uma solução para muitas pessoas evitarem o estresse de se locomover dentro de uma grande metrópole (especialmente São Paulo). No entanto, apesar dos esforços de alguns espaços de coworking que usam o transporte público como um incentivo, descobriu-se que 57% dos coworkers utilizam veículo próprio e só 36% usam transporte público. Isto, provavelmente, é devido a uma necessidade de flexibilização no que diz respeito a reuniões de negócio e interação com clientes. Outra constatação da pesquisa foi a de que 59% dos coworkers preferem o acesso às suas mesas o tempo todo, e isso foi tomado como um sinal claro para os proprietários dos espaços de coworking.

Colaboração e integração no espaço de trabalho

Provou-se nesta pesquisa que o sentimento de se pertencer a uma comunidade era forte e que os anfitriões estão fazendo um bom trabalho em incentivar seus usuários a interagir com a dinâmica do espaço de coworking. A ênfase da pesquisa foi direcionada para descobrir que tipo de comunicação acontece entre os coworkers, sejam eles necessariamente relacionados ao trabalho, o valor que acrescentam à criação de grupos de trabalho, projetos compartilhados e colaboração em geral.

Os resultados revelaram que a maioria das pessoas trabalham de forma autônoma. Mas os números também mostraram que muitos coworkers sabem os nomes uns dos outros, o que destaca a interação social positiva.

Espaço de trabalho próprio do coworker

O uso que um coworker faz do seu próprio espaço de trabalho é um indicador relevante de suas preferências. Uma reflexão sobre as exigências dos coworkers é que eles também ajudam a indicar a qualidade de grupos de trabalho que são criados. Embora o trabalho freelance independente seja a principal força de trabalho, grupos de trabalho fixos, pequenas incubadoras e startups também são comuns nos espaços de coworking brasileiros.

Por que foram feitas estas opções? A resposta oferece uma série de razões: relação custo-benefício, uma alternativa ao home office e a interação humana estão entre as mais populares. Geralmente, estações de trabalho fixas são usadas durante o horário de expediente comercial; no entanto, isso também se deve ao fato de que espaços de coworking abertos 24 horas ainda não se apresentam como um modelo muito difundido (e, no entanto, está na preferência do público brasileiro com 59%, de acordo com a pesquisa). O número máximo de estações de trabalho disponíveis em espaços de coworking é de cerca de 34, enquanto que o número médio de utilizadores presentes ao mesmo tempo é de aproximadamente 15 coworkers.

Fonte: Deskmag (leia matéria completa no original, em inglês).

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