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Produtividade: Conheça a Psicologia

Produtividade: fatores que dificultam

A procrastinação é um problema peculiar a empreendedores, que muitas vezes precisam dar conta de um tipo de trabalho do qual não têm nenhuma experiência pregressa, tampouco um ponto de partida aparente. É claro que, quando somos responsáveis por tudo em uma empresa, há sempre algo mais que poderíamos fazer. Muitos consideram a procrastinação uma falha moral, uma fraqueza da vontade. Mas Timothy Pychyl, professor de psicologia da Universidade de Carleton, em Ottawa, Estados Unidos, chama a procrastinação de uma “estratégia de cópia centrada na emoção”. Ele sugere que se você entender o que está te motivando (ou, mais precisamente, desmotivando), pode começar a enfrentar o problema e resolver essa perda de produtividade. “Muitas dessas emoções não são conscientes”, diz Pychyl. “Então o primeiro passo é ter alguma consciência de como você está se sentindo. Pergunte-se: por que continuo não querendo fazer isso?”, questiona Pychyl.

As razões pelas quais as pessoas fogem de tarefas específicas normalmente variam de acordo com o estágio, mas sempre com perda de produtividade do projeto, explica Pychyl. Nas etapas de iniciação e planejamento, procrastinamos porque não achamos o trabalho interessante ou significativo. No estágio de ação, procrastinamos porque o projeto não está bem estruturado, o que gera incerteza sobre como proceder. O medo de tomar uma má decisão também pode ser imobilizador. “Com a incerteza vem o medo”, diz Pychyl. “É preciso reconhecer esse medo”.

Outro culpado pela queda de produtividade é o perfeccionismo: as pessoas vislumbram resultados tão notáveis que suas expectativas se tornam mais intimidadoras do que inspiradoras. “É como praticar o salto em altura: quando apertamos bem os cintos, olhamos para ele e desejamos ir embora”, diz John Perry, professor emérito de filosofia na Universidade de Stanford. “Perfeccionistas não são as pessoas que fazem algo com perfeição. Os perfeccionistas são pessoas que fantasiam sobre fazer algo com perfeição”.

Na sua essência, a procrastinação representa o tratamento desleixado da única pessoa que deveria importar mais: você no futuro. Hal Hershfield, Professor de Marketing da Anderson School of Management da UCLA, usou exames de ressonância magnética para demonstrar que as pessoas enxergam seus “eus futuros” como a um estranho. (É por isso que fumamos, por exemplo). Resolver não fazer uma tarefa odiosa hoje faz com que o procrastinador se sinta bem, diz Pychyl. Em seguida, prevê que irá se sentir tão bem amanhã, que isso torna a tarefa mais fácil. É claro que no dia seguinte irá se sentir pior, o que torna a tarefa mais difícil e o stress ainda maior e a falta de produtividade constante.

Esse mesmo desrespeito pelos “eus futuros” muitas vezes leva as pessoas a encher suas agendas com compromissos. Isto lhes permite apreciar a neuroquímica do prazer que vem de agendar alguma coisa hoje – e sofrer as consequências de cinco reuniões consecutivas no próximo mês.

Contraintuitivamente, mesmo o trabalho pode ser uma forma de procrastinação. Cientistas na Holanda cunharam a expressão “procrastinação ao deitar” para descrever a tendência de continuar fazendo as coisas, incluindo o trabalho, muito tempo depois de ir dormir. Empresários podem sucumbir a este tipo de procrastinação quando fazem leitura para crianças ou tiram férias – atividades que você sabe que são boas para você, mas que, em algum nível subconsciente, parecem auto-indulgentes, quando comparadas ao trabalho. Aqui também o “eu” presente engana o “eu” futuro, já que o sono e o lazer insuficientes afetam o desempenho e contribuem para perda de produtividade.

Apesar de sua má reputação para a queda de produtividade, a procrastinação tem seus defensores. Dois anos atrás, John Perry, professor emérito da Universidade de Stanford, publicou “A arte da procrastinação”, que postula que a procrastinação – como o colesterol – não é de todo ruim. Ele nomeia de “procrastinação estruturada” o ato de fazer as coisas que – embora não sejam prioridades – ainda possuem valor. “Acho que é um padrão de trabalho de um grande número de pessoas muito criativas”, diz Perry. “Se atravessarmos a história e eliminarmos todas as peças que foram escritas e invenções que foram criadas por pessoas que, supostamente, poderiam fazer outras coisas, pouco poderia ter restado de suas civilizações”.

Fonte: Lifehack

1 comentário em “Produtividade: Conheça a Psicologia”

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