Como Transformar a Negatividade em Criatividade

A criatividade impulsiona a inovação e o empreendedorismo. É a habilidade essencial que leva a soluções novas e mais eficientes para velhos problemas. Na teoria, a criatividade é amplamente elogiada e desejada. Mas, na realidade, soluções criativas são muitas vezes encaradas com um certo receio, às vezes até mesmo com hostilidade (por puro medo do “novo”).

O porquê disso é que a ideia criativa é geralmente fora do comum, o que significa que é inerentemente mais arriscada do que a alternativa da tentativa acertada. (As pessoas dizem que valorizam a criatividade, mas o que elas realmente celebram são os bons resultados advindos dela). “Ser criativo é algo associado com uma boa dose de fracasso” diz o Dra. Lynne Vincent, co-autora de “Outside Advantage: Can Social Rejection Fuel Creative Thought?”, publicado no Journal of Experimental Psychology. “Você tem que ter a confiança para perseverar e continuar a ultrapassar barreiras e obstáculos”.

Pessoas criativas muitas vezes enfrentam a rejeição social, que pode “prejudicar a memória e o aprendizado, reduzindo tanto o controle executivo como a auto-regulação”, afirma Vincent. A dor da exclusão social é tão aguda que pode ser sentida como dor física. Para a maioria de nós, é suficiente nos bloquearmos em nossos caminhos criativos. Para certas pessoas, no entanto, o isolamento social não leva a um desligamento criativo; em vez disso, a exclusão promove mais criatividade.

Vejamos então como é possível usar a rejeição social para criar uma vantagem criativa:

Comece por se libertar da expectativa social: Normas sociais estão enraizadas na maioria de nós, mas, para abordar um tema de uma maneira nova e inovadora, muitas vezes precisamos quebrar as regras convencionais. “Steve Jobs foi especialmente bem conhecido por isso”, diz Vincent. Em sua biografia, Walter Isaacson observou que Jobs agia como se as regras não se aplicassem a ele. Ele gostava de encontrar brechas na lei para explorá-las.

Desenvolva um sentido de identidade independente: Desenvolva um forte senso de conceituação independente, diz Vincent, altamente correlacionado com o pensamento criativo. “Nas organizações, é muito fácil se identificar com a empresa até o ponto onde nos identificamos como funcionário em primeiro lugar, em vez de um indivíduo que passa a trabalhar na referida empresa”.

Essa mentalidade de grupo pode causar a aceitação das políticas e das práticas da empresa como um fato. “Se você não desafiar as informações disponíveis, como poderá encontrar novas soluções criativas para um determinado problema?”, pergunta ela. Uma identidade independente é mais forte em alguns de nós do que em outros, mas ela pode ser aprendida, diz Vincent. Ao concentrar-se ativamente em qualidades específicas ao invés de qualidades que nos conectam àqueles que nos rodeiam, é possível nos tornarmos pensadores mais independentes.

Use a alienação a seu favor: Se você quebrar convenções (mesmo as inofensivas), você tem que estar preparado para a reação social negativa. Ao invés de focar no quão terrível o sentimento de exclusão o faz se sentir, use-o como uma ferramenta – breves períodos de isolamento social podem libertar você de expectativas tradicionais e previsíveis reforçadas pelo trabalho em grupo, diz Vincent.

Encontre seus modelos: Na maioria das vezes, a solução segura será a solução mais popular, assim Vincent recomenda encontrar pessoas em sua vida que respondem e incentivem o seu pensamento criativo. Isso pode levar tempo, mas é importante encontrar modelos. “Isso faz com que você deixe de ser aquele louco solitário e passe a ter uma rede de apoio que o ajude a aprimorar ideias, iniciá-las e aplicá-las”, diz ela.

Mas não se precipite: Para quebrar as regras, você primeiro precisa entender por que elas foram criadas. “A maioria das pessoas não vão criar um foguete inovador, se elas não souberem nada sobre motores de foguetes”, diz Vincent. “Você precisa ter essa base primeiro”. No final das contas, a criatividade está diretamente ligada ao inconformismo – “Você não pode ser predominantemente influenciado pela expectativa social”, diz Vincent.

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