Não seria ótimo se houvesse uma fórmula comprovada para se criar a próxima empresa bilionária como a Amazon ou o Facebook? Bem, parece que uma equipe de pesquisadores do MIT pode tê-la encontrado. O grupo identificou atributos comuns a startups super bem-sucedidas, inclusive com nomes mais curtos que projetam possibilidades de sucesso maiores e instaladas em estados favoráveis aos negócios.
Catherine Fazio, Jorge Guzman, Fiona Murray e Scott Stern, pesquisadores do MIT, analisaram o que essas empresas fazem desde o início, como uma espécie de indicador de sucesso lá na frente. A pesquisa, que foi publicada em fevereiro, vem com um grande alerta: em meio ao declínio das taxas de empreendedorismo, e com uma economia que é menos inclinada a fomentar startups, a próxima geração de “Amazons” pode simplesmente se estagnar. E isso é um problema porque essas empresas, ao contrário de outras grandes do mercado, têm o potencial de se tornarem grandes geradoras de emprego com o maior impacto sobre a economia.
“Mesmo que o número de novas ideias e o potencial para inovação esteja em alta, parece haver uma redução da capacidade das startups para escalar de uma forma significativa e sistemática”, escreveram os pesquisadores.
Os pesquisadores também correlacionam os 4 fatores abaixo com as startups mais bem sucedidas:
1. Elas escolhem nomes mais curtos que não sejam baseados na localização, ou que não se refiram aos proprietários dos estabelecimentos, tais como “produtos de limpeza a seco do João”;
2. Elas se estruturam como uma grande corporação, com capital aberto na bolsa, ao invés de uma empresa limitada;
3. São montadas em estados favoráveis aos negócios, como o estado de Delaware, nos EUA, que possui menos regulação e tratamento fiscal mais favorável aos negócios e ao consequente surgimento de mais candidatas a ser a próxima empresa bilionária;
4. Elas asseguram patentes e marcas desde o início da operação.
Os pesquisadores descobriram que, quanto mais desses atributos uma empresa possuía, maior a sua probabilidade de tornar-se uma empresa bilionária. Por exemplo, as empresas com nomes mais curtos tinham 248% mais probabilidade de crescimento. Aquelas empresas estruturadas como corporações e não como empresas limitadas tinham 405% maior probabilidade de crescimento. Aquelas que apresentavam um pedido de patente iniciadas em Delaware tinham cerca de 20.000% maior probabilidade de crescimento. (Por outro lado, as empresas com o nome do fundador tinham uma probabilidade 70% menor de crescimento, revelou a pesquisa).
Ainda assim, alguns dos resultados pode ser motivo de ceticismo. Bruce Bachenheimer, professor de administração da Universidade Pace, não concorda com o ponto sobre nomes mais curtos e não vinculados a locais. Um exemplo de uma empresa bilionária que cresceu desde a fase de startup a proporções gigantescas é a Sun Microsystems, cujo nome, aponta ele, originalmente significava as iniciais de Stanford University Network. Ele também acredita que firmar uma patente logo de início poderia funcionar contra uma empresa, se a mesma divulgar suas invenções muito cedo, por se abrir aos concorrentes, ou mesmo forçá-la a defender sua propriedade intelectual de falsários. Um desgaste desnecessário logo de início, portanto.
Bachenheimer concorda com os pesquisadores que o ambiente econômico mudou drasticamente para os empresários, o que torna muito mais difícil para as empresas jovens se formarem e crescer. Uma razão chave para isso é a diminuição das economias de poupança e de propriedade imobiliária, fontes muito necessárias de financiamento para startups em décadas anteriores.
“O declínio da taxa de empreendedorismo tem a ver com a crise financeira, a estagnação dos salários, e quedas de preços da habitação desde 2008, e tem a ver com a erosão da classe média”, diz Bachenheimer. Claro, isso nos Estados Unidos. No Brasil, a crise persiste mas tem outras origens.
Políticas governamentais e legislativas que não tiverem uma abordagem que promova o crescimento de pequenas empresas são susceptíveis de ajudar as empresas com o maior potencial para crescer. “Em última análise, poderemos ser capazes de fazer melhor para ambas, das pequenas às médias empresas, bem como as empresas orientadas para a inovação que aspiram a um crescimento exponencial, ao elencar as diferenças diretas entre elas,” dizem os pesquisadores.
Fonte: INC.com
Aluguel de escritórios, locação de escritórios, vila olímpia, coworking vila olímpia
Como o coworking está revolucionando a forma como trabalhamos Nos últimos anos, temos testemunhado uma…
O futuro da tecnologia nos espaços de coworking e seus impactos nos negócios Nos últimos…
Afinal, uma sala privativa é o mínimo necessário para que uma empresa saia do home…
Um conteúdo digital excepcional é apenas metade da batalha. A outra metade consiste em maximizar…
Escritórios vazios, em New York, tem atraído milionários em busca imóveis com preços atrativos. O…
This website uses cookies.