No Brasil, e em todo o mundo, dentre todas as fragilidades detectadas nesse tempo da pandemia do Covid-19, uma ficou muito evidente. Esclarecendo: a concentração de compras em um único polo fornecedor é desastrosa.
Uma das regras básicas de compras sobre a dependência quanto a um polo fornecedor, no caso a China, foi ignorada. As escolhas baseadas nos indicadores financeiros e históricos não contemplavam todos os riscos. Por isso, o Brasil sofreu com o cancelamento de diversos pedidos de respiradores, máscaras e outros produtos da área médica.
Por exemplo, a China responde por 62% da produção de brinquedos, 59% de equipamentos de telecomunicação, 35% dos calçados e 32% dos antibióticos.
No setor de autopeças, a China tem participações relevantes em diversos países. Em primeiro lugar, o Japão com 35,7%, e a Coréia do Sul, com 29,3% mostram o tamanho do problema.
Em patamares mais baixos, porém significativos, os Estados Unidos com 16%, o Brasil com 10,8% e a Alemanha com 3,7% demonstram que, um impedimento por qualquer motivo em receber as peças, terá impactos importantes nas respectivas indústrias.
A busca por uma diversificação de fornecedores e polos de produção já começou. Em outras palavras, um bom ambiente de negócios, mão de obra qualificada e infraestrutura serão preponderantes. Portanto, a Índia, o Vietnã e Taiwan largaram na frente dessa corrida.
O Brasil também está no páreo para se tornar um dos novos polos de fornecimento nas novas cadeias globais que estarão sendo formadas. Consequentemente, pesam a favor nosso parque industrial diversificado, a proximidade com os Estados Unidos e a Europa e sermos uma democracia.
Como lição de casa, deveremos ter pressa na melhoria contínua da infraestrutura, dos padrões de educação e das reformas econômicas.
Quando se pensa em oportunidades no Brasil, a cidade de São Paulo e o Estado homônimo são uma aposta certa. Acima de tudo, a cidade é o centro financeiro e tecnológico do país, dotada da mão da obra mais qualificada e com a melhor infraestrutura.
São Paulo é considerada uma das cidades globais. Consequentemente, uma cidade cosmopolita, escolhida como sede dos maiores bancos e de quase 70% dos grupos multinacionais instalados no Brasil.
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