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Email: Técnica científica para aprimorar a escrita

Entenda o cérebro

A parte da ciência que estuda o cérebro humano tem buscado operar uma verdadeira intersecção em nossas vidas diárias, ajudando-nos a compreender as motivações não apenas como um empurrão no escuro, mas em termos do que está realmente acontecendo no nosso cérebro e, principalmente, por que agimos da maneira como agimos.

Isso é mais do que apenas uma teoria em um ambiente de laboratório. Existem vias neurais que provocam certos padrões de pensamento no cérebro humano. Quanto mais entendermos o que está acontecendo no cérebro, mais poderemos fazer ajustes que nos oferecem ganhos reais de produtividade.

Em seu livro “Como Ter um Bom Dia: Aproveite o Poder do Pensamento para Transformar Sua Vida no Ambiente de Trabalho” (How to Have a Good Day: Harness the Power of Behavioral Thinking to Transform your Working Life), Caroline Webb discorre sobre o poder da ciência comportamental e sua capacidade de transformar o nosso dia de trabalho.  Ela inclui um apêndice sobre como lidar com a sobrecarga de emails que competem pela nossa atenção diária. O livro inteiro é recheado de informações que podem ajudar a concluir melhor o trabalho de uma forma mais saudável, mas há um comentário que realmente chama a atenção. No apêndice, ela menciona como é sempre melhor começar um email explicando a solução para um problema, ao invés de afirmar o problema e, em seguida, explicar a solução.

Técnica científica

A técnica “problema, então solução” também se baseia na ciência, mas transita pelo mundo do trabalho e, eventualmente, para o email.

O que a ciência do cérebro descobriu, porém, é que o centro de recompensa do cérebro se ativa quando vemos a solução em primeiro lugar.

Entramos em um modo de ajudar os outros, de ser parte da solução, de acrescentar à resposta.

A postura de não nos preocuparmos com a solução primeiro, mas antes mergulharmos no problema, faz com que o cérebro entre em um modo reacionário, defensivo.

Dessa forma, nos tornamos mais resistentes à mudança. E criamos um bloqueio mental.

Mas vamos a um exemplo de como isso funciona na prática: John Brandon trabalha com jardinagem e parte do seu trabalho envolve testar alguns sensores de solo que se conectam a um aplicativo em seu celular.

Certo dia, um dos sensores não funcionou. Então, ele enviou um email à empresa que fabrica o sensor e relatou o problema.

Ele listou as razões pelas quais o sensor não funcionava e por que não era funcional. O fabricante não reagiu muito positivamente ao email de John.

Ao invés disso, John poderia ter cortado para a solução em primeiro lugar. E começado o email dessa forma: “Eu tenho uma ideia de como fazer os sensor funcionar – talvez possamos tentar o firmware mais recente do produto.

Ou talvez o que eu tenho esteja com defeito, seria possível me enviar outro? Minha ideia é testar um novo sensor em uma parte diferente do jardim.”

Bingo, o destinatário do email teria reagido à solução por adição. “Claro, vamos tentar outro sensor, talvez seu solo seja muito seco ou arenoso.”

Email: Duas abordagens


Como podemos reagir de forma diferente entre essas duas abordagens? Quando declaramos o problema, as pessoas se sentem como se devessem ir para o ataque. Elas acham que estão sendo acusadas de alguma coisa.

Webb diz que isso coloca nossos cérebros em um modo defensivo. Porém, quando afirmamos a solução, isso coloca o nosso cérebro em modo de solução. As pessoas se sentem então convidadas a participar dessa solução.

Como Webb explica ao longo do seu livro, isso realmente faz com que todos se tornem mais produtivos e felizes.

Para todos nós que costumamos responder emails todos os dias, é um exercicio interessante mudar a postura a cada email que enviamos e usar essa técnica tão simples.

Ao invés de frisar o problema, eventualmente, procure começar com uma ideia de solução em primeiro lugar. “Ei, vamos tentar isso e dessa forma…” é uma tática muito melhor que atacar o destinatário. Usando uma semelhante, quem sabe você também não começará a receber respostas muito mais positivas em seus emails?

#cwosp


Fonte: INC.com

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